Detesto
fatalismos e não acredito em profecias do fim do mundo.
Para
mim, o mundo acaba todos os dias mais um bocadinho... esgota-se e
desgasta-se mais um pouco. Assim como todos nós...
O
mundo acaba todos os dias em que o governo sírio bombardeia
quarteirões inteiros, ou os egípcios se matam nas ruas em
reivindicações que nós ocidentais não conseguimos compreender,
quando os israelitas e palestinianos se tentam liquidar mutuamente, e
o Canadá abandona a Convenção de Quioto, e um maluco suicida
decide matar a mãezinha e no processo dizima mais 26 pessoas
inocentes, cujo único erro foi viverem num país onde a lei das
armas é rainha... ou sempre que o primeiro ministro e o ministro das
finanças portuguesas seguem dizendo barbaridades umas atrás das outras, atentando contra toda e
qualquer dignidade dos contribuintes... todos os dias o mundo acaba um pouco
para alguém!
Todos
os dias o mundo desaba em cima do coração de alguém, arrasando
tudo à passagem, sempre que alguém perde a sua cara metade, o seu
pai ou a sua mãe ou um filho, ou um irmão, de sangue ou de coração.
Por
isso, não temo o dia 21, nem o 12-12-12 e creio que vamos seguir
vivendo nesta morte lenta, tão fundamental ao ser humano. O mundo no
dia 22 de Dezembro será um tanto igual ao dia 21, porque todos nós
vamos seguir vivendo.
E
até pode ser que os astros se alinhem, e a galáxia se regenere ou
se reinvente e se inicie um novo ciclo...
A
vida é renovada a cada dia, a cada hora, a cada minuto que nós
decidimos continuar a apreciá-la!
2 comentários:
Tão verdade! Acho que não há mais nada a acrescentar, está tudo dito!
Bjs
Eu como até tenho muito mais que fazer, só hoje tempo para ouvir alguém dizer-me que nos EUA há quem esteja mesmo crente nisso, ao ponto de ter tomado atitudes que eu nem vale a pena eu dizer aqui, porque já deves saber. Ao menos que isto vá até dia 22, que tenho um almoçarada com amigos e apetece-me tirar a barriga de misérias, eheh.
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