12 de agosto de 2014

A culpa nunca morrerá solteira!

Enquanto existirem mães!

Quando a culpa morrer, será após um longo e infeliz casamento com o coração duma mãe.

Porque a culpa, essa, adora meter-se nos lugares mais recônditos do coração duma mulher que tenha prole e que a ame acima de tudo.

A culpa aloja-se ali, qual hospedeiro parasita, num casamento sem direito a divórcio, nem mesmo o litigioso, pautado por muitos momentos de tristeza e infelicidade, em que a culpa, cônjuge maléfico, se fica a rir a bandeiras despregadas de ter infligido dor profunda.

A culpa, cônjuge dominador, chicoteia o coração duma mãe de todas as formas possíveis que encontra, seja na pequena chantagem emocional, seja na agressão pura e dura, deixando-o prostrado de joelhos.

Por vezes, o coração consegue ser mais forte e dar um chega para lá na culpa, mas nunca se livra verdadeiramente dela, porque a culpa é muito boa a infernizar, incutindo dúvidas e inseguranças no coração da mãe. Isto quando não traz ao barulho a mente, que toma muitas vezes por amante temporária, enchendo-a de cucos e preocupações.

Por isso, a culpa, quando morrer, nunca irá solteira, porque o coração duma mãe foi para o altar com ela, no dia em que nasceu o seu primeiro filho, por quem se apaixonou.

2 comentários:

ei! kumpel disse...

Concordo, nunca, nunca vai morrer solteira essa sra Culpa!

Anónimo disse...

reflexão muito bem exposta. desejo que a culpa sinta sempre muita culpa por assim ser. beijinhos.