Falipe ao meu lado no sofá a assistir hipnotizado a desenhos animados.
Do nada, agarra-se ao meu braço e diz:
- Mamã, eu não quero que tu morras!
Fiquei boquiaberta...
- Então, de onde veio essa ideia?...
- Eu não quero que a minha mamã morra...
- Sim, filho, a mãe está aqui ao teu lado. Mas de onde veio essa ideia?
- Eu não quero que a minha mamã morra. Quero que fiques viva!
Por mais que lhe quisesse dizer algo que o confortasse, fiquei quase sem reacção e principalmente sem entender onde tinha ele ido buscar esta ideia. Aliás, esta deve ser a terceira ou quarta vez que ele me pergunta se eu vou morrer... e eu sinceramente admito a minha tremenda falha em lhe dar uma resposta cabal...
Passados uns dois minutos, pergunta-me:
- Mamã, tu vais transformar-te em avó?
- Sim, filho, possivelmente sim... não sei...
- Como é que vais transformar-te em avó?
- Pois, isso vai depender de ti.... um dia, quando fores grande, no dia em que tu te transformares em papá (se isso suceder...)
- Quando eu for muito muito grande, mamã?
- Sim.
- Pois, mas eu agora sou pequenino... ainda estou quase a fazer cinco anos. Ainda falta muito para eu ser grande?
- Sim, filho, ainda falta um bocado. Não tenhas pressas, sim?!
- Está bem...
5 comentários:
respirar fundo e avançar (quase) sem medos...
beijos
Ai Naná... é a idade, é normalissimo estes medos deles mas que nos corta o coração lá isso corta... a minha parece que já parou um bocadinho com isso mas andou uma fase que era de fugir...
Beijinhos xx
Em pequenos temos sempre pressa de crescer... :)
Adorei a questão do "vais-te transformar em avó".
:-)
:-)
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