Gosto quando a famelga e amigos mais restritos se junta em festas.
Gosto da azáfama dos preparativos.
Gosto dos rostos sorridentes. Gosto dos sorrisos de quem apreciar juntar-se assim.
Gosto das gargalhadas e da barulheira dos adultos, que se sobrepõem ao ruído dos miúdos.
Gosto da partilha natural, de saberes, de experiências, de histórias de outros tempos.
Gosto das piadas galhofeiras entre uns e outros, na picardia inofensiva.
Gosto de ver os miúdos brincarem juntos, de fazerem queixinhas de uns e de outros, de os ver correr e saltar pelo quintal e às vezes pela horta dos meus primos adentro.
Gosto de me abancar e saber que se quiser comer, como e se não quiser, fico só na converseta.
Gosto de ouvir o D. Dinis dizer: "comam moços!"
Gosto de ver a Albertina, do alto dos seus 80 anos, dobrar a espinha e tocar com as mãos no chão e dizer com a maior naturalidade que foi praticante de Tai-chi durante 4 anos.
Gosto de sentir o quanto gostam de mim, sem reservas ou expectativas, a não ser estar presente e apreciar boa companhia.
Gosto de gostar deles todos, cada um à sua maneira e gosto de fazer parte desta família meio amalucada, que sempre que se junta, mais parece que monta a tenda do "acampamento cigano".
Saio de lá cansada, de rastos, mas de alma lavada e coração cheio!
Olho para o Falipe e percebo o quanto ele fica feliz por fazer parte disto tudo!
3 comentários:
É um gostar delicioso...também gosto.
Aqui a minha gente é ver quem fala mais alto.
Tão bom esses ajuntamentos. :D
E sabe tão bem isso, nós no fim-de-semana também acampamos como ciganos e fartamo-nos de divertir... só é pena que em vez de descansar ainda nos cansamos mais, mas a alma lavada e o coração cheio, compensão isso tudo!
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