06 de Maio de 1940 - 23 de Junho de 1995 |
Há 16 anos atrás, pelas 9h30 da manhã, apareceu o teu colega de trabalho, o Sr. Vitorino, à janela da nossa sala... trazia um ar carregado... porque com ele trazia más notícias.
E eu soube, assim que vi aquele homem, com aquele olhar entristecido e pesaroso, que tu finalmente tinhas cedido perante a morte!
Fiquei triste sim, mas a sensação mais marcante naquele momento foi o alívio... a tua batalha feroz tinha finalmente terminado... a luta contra um corpo que tinha ido progressivamente apodrecendo enfim chegara ao derradeiro momento!
Ao alívio, seguiu-se a desorientação, apesar de ser a altura de tratar de pormenores necessários, mas que ninguém quer assumir, porque apenas se quer entregar à tristeza e à dor!
E todos os anos daí em diante, foram marcados ora pela negação, pela raiva, pela dúvida incessante e sem resposta alguma do "porquê tu? porquê tão cedo?"; até dar lugar apenas à saudade e a uma falta imensa! E a um desejo constante, nunca satisfeito, de te poder abraçar de novo! E de me sentir filha, como sempre... E a ânsia de te poder contar tudo de bom e menos bom que me vai acontecendo na vida...
Mas com a saudade, acompanha-me a certeza de que estarás sempre comigo! Enquanto residires no meu coração e no meu pensamento, estarás viva para sempre!!
5 comentários:
Xi-coração apertadinho!
Um abraço muito sentido e a alegria de saber que és assim...
Ni Maria, és uma querida!
Mfc, obrigada! :)
Eu posso andar sem pachorra para blogs e afns, mas um abraço apertado a uma gaja com G maiúsculo nunca pode faltar! Beijinho grande.
Olha minha querida Nána, eu acredito que eles estão sempre presentes e há momentos em que caminhamos de mão dada com certeza. Em momentos de felicidade como aquele que acima descreves a tua Mãe está sempre presente com toda a certeza.
Beijinhos*
Enviar um comentário