O mar sempre foi um "fiel companheiro" nos bons e maus momentos que tenho passado na minha vida...
O seu som ondulante sempre me pacificou o espírito e serenou a alma, e o contacto com o mar, com aquela visão magnificente de algo maior que nós, de alguma forma ajudava-me a organizar ideias, racionalizar sentimentos e até mesmo a tomar decisões importantes. De algum modo, era como se perante o mar tudo se encaixasse, tudo passasse a fazer sentido!
No entanto, a rapidez frenética da vida e da rotina quotidiana fizeram com que eu fosse perdendo o contacto com este "amigo silencioso" que sempre me ajudou na gestão da minha lucidez.
E ontem quando tentei encontrar algum conforto e conseguir alguma paz de espirito enquanto olhava esperançosa aquela linha do horizonte, que sempre me fascinou, e absorvia o calorzinho fugaz do espelho da luz do sol reflectida no azul profundo do mar, senti-me estranha...! por momentos, senti que não havia "resposta"... não mais o mar me auxiliou a organizar as minhas ideias e muito menos ajudou a sossegar o meu coração destroçado por alguém que se afastou de mim e depois ainda fez de mim a "má da fita"...
Foi como se o meu pedido de ajuda tivesse caído no vazio e não sentisse qualquer eco do meu "amigo silencioso"...
Descobri mais tarde, que bastou uma festinha das mãozinhas do meu pequeno filho passadas pelo meu rosto inundado em lágrimas, para tudo fazer sentido e para eu remendar o meu coração feito em fanicos. E apesar de me entristecer que o meu filho me visse naquele estado, não pude deixar de me sentir feliz por ele, mesmo tão pequenino, ter a exacta percepção de que eu não estava bem, que eu estava triste, para me vir acarinhar e dar mimo!!
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