13 de maio de 2010

Dias simples

Eram aqueles que eu era independente de tudo e de todos...
Saía de casa, com ou sem destino pré-definido.
Levava sempre dois companheiros inseparáveis: o caderno para escrever e o walkman com música para me alhear do mundo em geral... para ajudar a desvanecer o ruído do quotidiano, as vozes estridentes das pessoas.
E assim vivia no meu mundo muito próprio, só meu, falava de mim para mim, se assim o entendesse...
Parava para apanhar sol numa esplanada qualquer ou contemplar um pássaro ou uma flor num jardim...
O ideal era quando me abancava na esplanada com vista privilegiada para o mar da Arrifana, do qual agora vivo saudosa!...
Agora se andar com o caderno e o walkman, só servem para fazer peso na mala, porque não tenho tempo para lhes dar "atenção"... e não mais posso andar de phones nos ouvidos, porque preciso estar a atenta a certos barulhos e ruídos.
Já não tenho a independência de outrora, já não me posso deter em contemplações...
Umas coisas ganham-se, outras perdem-se!

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