A vida gosta de me dar chapadas...!

Não sou uma pessoa pessimista, longe disso! Sempre fui muito optimista e gosto sempre de ver as coisas pela positiva!!

Nunca fui de me perder com consumições de "ai, ai, como será, como não será??!" ou com fatalismos... como fala a Ana e bem!

Mas chego à conclusão que a vida gosta mesmo de me dar chapadas, mas daquelas que dóiem, que magoam, que nos mandam quase ao chão!

E fá-lo sempre quando decido mudar coisas na minha vida, quando tento mudar radicalmente aquilo que não gosto e não quero para mim e quando me encho de coragem renovada e olho a vida ainda com mais força e com mais genica e decido que vou enfrentar tudo de cara erguida e com toda a energia positiva que sempre senti fluir nas minhas veias!

Mas p... que desta vez não esperava esta chapada!!

Achei que depois de tanta coisa pela qual já passei e onde aguentei com todas as forças do meu ser, que a mesma água não passaria de novo debaixo da mesma ponte...

Mas a vida entendeu que sim... que eu tenho que passar de novo pela tristeza, pela incerteza, pela dor de ter um pai nas garras do cancro!

E fico ainda mais triste por ele, pelo meu pai, que não merecia a solidão que o cancro da minha mãe lhe impôs, não merecia uma velhice vivida sozinha, apesar de todos os planos e sonhos tão simples de irem viver para o campo e serem dois velhinhos de mãos dadas até aos seus últimos dias!

E fico ainda mais magoada, porque agora não... agora era o momento do meu pai viver as alegrias de ser avô, pelo qual esperou tantos anos!

Mas sabes que mais, Vida??!! Ainda não é desta que me vais derrotar! Porque aquilo que não me mata, só me torna mais forte, já dizia o outro! E não, não me vou recolher a carpir ou a lamentar num canto, enrolada sobre mim mesma!

Vou enfrentar isto com todos os meios e subterfúgios que consiga encontrar, e vou agarrar o meu pai pela mão e vou com ele onde for preciso, para que ele possa disfrutar do seu neto, para vê-lo brincar e correr e fazer diabruras próprias de uma criança.

Vou abraçá-lo para que ele possa rir de contente quando o neto o conhecer e vier a correr e chamar "Avô, avô!!Anda brincar comigo!"

Por isso, cá estou para dar a outra face...!