13 de agosto de 2013

Observações casuais

No passado domingo fomos todos à praia.
Estava uma tarde maravilhosa, a água um caldinho e a maré até fazia uma piscina natural que fez as delícias do Falipe.

A determinada altura, chegaram duas moças novas, uma delas trazia o seu filho pequeno, que teria uns dois anos e meio. Com elas traziam também um cão de porte médio. 

Como é quase forçoso, foram pespegar-se praticamente em cima de nós... o que foi frustrante para nós, que fizemos um esforço para não o fazer em relação a quem já estava na praia e tentámos ficar em "terreno neutro".

Estas duas moças trouxeram uma bola de ténis que arremessaram uma vez e outra e outra ao seu cão, o que significa que muitas vezes, este nos fazia umas valentes razias na sua ânsia de apanhar a bola de ténis, salpicando água e areia à passagem em sucessivos sprints pelo meio das pessoas que estavam a caminhar ou simplesmente sentadas à beira-mar.

Comecei a sentir-me profundamente incomodada com a situação, porque em duas ocasiões o cão quase derrubava o Falipe.

A determinada altura, apercebi-me que o rapazinho andava a brincar sozinho, sem que a mãe sequer se desse conta disso... a criança percorreu alguns metros e deteve-se a falar com estranhos, dois chapéus de sol mais à frente. 
Enquanto isso, a mãe permanecia de costas para ele, atenta ao cão e concentrada em continuar a atirar a bola e a garantir que ele a trazia à sua mão.

Nas duas horas e meia que aquelas duas moças estiveram na praia, brincaram quase exclusivamente com o cão e praticamente nada com o menino. Naquele período de tempo, pouca ou nenhuma atenção foi dada àquele rapazinho que só queria alguém para brincar, enquanto a mãe estava ocupada a brincar com o cão...

Enquanto ela arremessava a bola, de costas viradas ao seu filho, o menino procurava nas redondezas quem quisesse brincar com ele...

3 comentários:

luisa disse...

Uma situação dessas dá mesmo para reparar e não querendo emitir juízos de valor não podemos deixar de nos questionar sobre as prioridades de certas pessoas.

Paula disse...

Que peso no coração só de imaginar essa criança... :-(

Tanita disse...

Credo! como é possivel? coitadinho...