17 de outubro de 2011

Grande prenda de anos...

A que me deu o Pedro Passos Coelho...
Posso garantir que não era nada que eu já não estivesse à espera. Sempre disse que achava o PPC muito mais perigoso que o Sócrates, e se este último nos levou ao buraco financeiro, o primeiro vai dar-nos o "golpe de misericórdia"!
Se concordo com o facto de me "limparem" o subsidio de Natal e o de férias?
Até poderia concordar, em nome do bem maior, sairmos da dívida e ficarmos de "honra limpa" por esse mundo fora! E se isso significasse que saldávamos a dívida, até estaria disposta a fazer o sacrifício!
Mas passo a listar as razões que me levam a discordar redonda e peremptoriamente, visto que até à data não ouvi falar em nada disto:
- acabar com as reformas múltiplas dos ex-primeiros ministros e ex-presidentes da república - a minha lógica é simples: se eu tenho que trabalhar 35 a 40 anos (a ver se o valor não aumenta até eu me reformar...) para receber uma reforma, porque hão-de os ditos cujos receber uma por cada mandato ou por cada cargo ocupado?!
- impor um tecto máximo nas pensões de reforma milionárias que alguns dos nossos ex-políticos auferem. Na Suíça, safam-se todos muito bem com 1700€ de reforma máxima e atentem que lá o custo de vida é bem mais elevado que cá...
- vender todos os carros topo de gama, artilhados de extras e afins e passar a comprar Méganes e Ford's ou coisas do género! Um carro é um carro e não precisa de ser BMW e Audi para andarem montados...
- reduzir drasticamente os vencimentos dos gestores públicos e aplicar-lhes o princípio do trabalho em regime de exclusividade, porque andam aí uma cambada de gestores "promíscuos" que têm cargos de administração a torto e a direito;
- reduzir drasticamente o nº de secretários de estado, secretários adjuntos, acessores, conselheiros, de certeza que se conseguem safar com menos cabecinhas pensadoras. Aliás, acho que quanto mais cabeças, mais sentenças e ninguém chega a nenhuma conclusão válida!
- reduzir o n.º de deputados na Assembleia da República para um mínimo - pois é, sr. PPC, ias cheio de boas intenções, mas deves ter comido toneladas de queijo, de certeza...! (De boas intenções está o Inferno cheio, já dizia o meu pai...)
- impedir terminantemente que políticos que estejam sob a mira da justiça continuem a exercer os seus cargos placidamente enquanto decorrem os recursos e arranjam subterfúgios legais e manhozices para fazer o processo judicial prescrever!
- acabar com os subsídios de habitação aos srs. doutores juízes, já muitos deles têm dinheiro para 2.ª e 3.ª habitação, também devem ter dinheiro para pagar uma diária na residencial da cidade onde têm que se deslocar;
- acabar com as mordomias de motoristas até para as secretárias dos «acessores dos conselheiros do adido do adjunto do secretário»
- acabar com as comissões de inquérito que investigam o que de errado fez o grupo de trabalho, que foi criado para estudar o desvio da 1.ª comissão de inquérito às múltiplas derrapagens que sucessivamente vamos conhecendo; porque assim como assim nunca ninguém descobre a "lebre"... 
- acabar com a "mania de ir a todas" as intervenções da NATO no estrangeiro... nós não somos Rambos nem GI Joe's, ok!?
- melhorar o sistema de controlo de execução fiscal para acabar com os caloteiros todos que não pagam ao fisco como eu sou obrigada a fazer... 

Bem, aqui ficam só umas ideias... é claro que ainda tenho mais, mas agora acho que já chega para se entreterem. E não quero que comecem a pensar muito, não vão queimar aí algum "fusível" e depois é que está o "país em cangalhas"...
Por isso, querem ter moral para me irem ao bolso??! Cresçam e apareçam!




6 comentários:

Ana disse...

Um forte aplauso! Muito bom mesmo!
Concordo, com todas as letrinhas e pontos e vírgulas.

Beijinhos e boa semana :)

Ni! disse...

Ora nem mais!

Tanita disse...

Clap, clap, clap MUito bem Naná, disseste tudo muito bem. Apoiada a 100%.
Também não concordo em ficar sem subsidio de natal e de férias, como não concordo de ficar a metade com o deste ano.

Kruzes Kanhoto disse...

Tudo o que escreve faz sentido mas serviria apenas - e não era coisa pouca - para dar alguma moral à vida pública.

A situação é dramática em termos de contas nacionais e, com as medidas que estão a ser tomadas podemos estar a dar o passo em frente em direcção ao abismo. Posso estar enganado mas o resultado final vai ser o inverso daquilo que se espera. A fuga ao fisco vai generalizar-se, a receita fiscal vai cair e a recuperação será uma miragem.

Naná disse...

Kruzes, sou exactamente da mesma opinião: vamos em "contra-mão", como sempre!

Sophie Eu disse...

Quem fala assim não é gago!
Concordo plenamente contigo!
Bjs