22 de julho de 2011

As tias-avós



Eu não tenho muitos tios e tias directos, nos dias que correm só me resta um "meio-tio" e uma tia, que é também a minha madrinha!
Mas sempre tive uma série de tias-avós... especialmente do lado do meu avô materno que era filho duma irmandade de 9. Uma coisa perfeitamente normal naqueles tempos...
A minha avó materna tinha mais outros cinco irmãos e do lado dos meus avôs paternos nem sei bem ao certo quantos irmãos eram de cada um dos avós, mas do que me lembro teriam em média 5 ou 6 irmãos.
Por isso, primos em segundo grau é coisa que não me falta...


Mas a que propósito vem isto das tias-avós?
Porque me lembrei que a casa dos meus avós ao domingo era local de reunião da família e então eu tinha sempre as minhas tias-avós por perto!
Uma delas, era a irmã mais chegada do meu avô, a Margarida! E é aquela que eu visito sempre que vou "à terra", que tem 87 anos e já está ceguinha pela diabetes; mas que faz uma festa sempre que ouve a minha voz, e que tem sempre biscoitos ou pão com marmelada ou doce de tomate com amendoins lá dentro, para me oferecer!


E depois lembro-me sempre do meu tio-avô José... que era o mais velho. E que eu mal conheci. Aliás, só o vi a primeira vez um ano depois da morte do meu avô Manuel... Ninguém me tinha dito que eles eram os dois tão parecidos, quase como se fossem gémeos! E eu quando o vi, desatei num choro convulsivo porque olhava para aquele homem de 1.50 e via o meu avô, de quem eu tinha tantas saudades... e não tinha ainda idade para compreender que aquele senhor era apenas o tal tio Zé de quem sempre ouvira falar...


Era um a irmandade muito gira e que eu cresci a admirar: o José, a Júlia, a Maria, a Paulina, o Manuel, a Francisca, a Margarida, a Isabel e a Vitória!! mais conhecidos como os "Prudêncios" (por serem filhos do Prudêncio Miguel), mas que não o eram no apelido!!


E ontem, apesar do afastamento todo que as circunstâncias da vida impõem, percebi que é importante ainda ter tias-avós, apesar de já velhotas e curvadas! É que elas, ao contrário de mim, sabem onde ficam os benditos sobreiros que eu preciso mandar descortiçar! E prontificaram-se para ir comigo fazer o "reconhecimento no terreno"! Nesta caso vai ser a tia Vitória, que é a mais nova da irmandade e de quem sempre gostei muito, por ser sempre uma mulher bem disposta, mesmo quando a vida lhe foi madrasta!... E como também já arranjaram um tirador de cortiça, vão falar com ele, para tratar dos meus também!


5 comentários:

Tanita disse...

Estás a ver como tudo se resolve? que sorte ainda teres as tuas tias-avós.
Se não conseguirmos falar mais tem um bom fim-de-semana. Não sei o que se passa com o meu gmail, não o consigo ligar.
Bj**

Turista disse...

Querida Naná, afinal vais ter uma boa ajudante para fazeres o reconhecimento dos teus pertences! Benditas tias-avós :)

mfc disse...

Não há nada como uma família grande para te indicarem o famigerado tirador de cortiça!!
Beijos.

Anónimo disse...

Gosto de lêr o seu blogue.
Tem temas muito diversifivados mas muitos interessantes.
Já estou numa faixa etária diferenre , não tenho tias-avós ,nem avós.
A minha avó foi sempre uma referência para mim.
È bom termos familia .É sempre um elo de ligação nas nossas Vidas .
Beijinhos

Naná disse...

Anónimo, obrigada pela visita e seja bem-vinda!
Eu não tive tempo de conviver com as minhas avós, porque faleceram antes ou logo pouco depois de ter nascido. Mas este avô de que falo, o Manuel foi um marco na minha vida!