Esta foi sempre uma época festiva da qual nunca guardei grandes recordações desde a infância.
Posso mesmo afirmar que só comecei a achar piada quando já era bem adolescente, porque até aos 10/11 nunca pude festejar a festa das máscaras e muito menos desfilei mascarada a rigor...
Porque invariavelmente ficava doente nas vésperas! E doente a ponto de ficar de cama, rendida a uma qualquer crise de anginas, ou laringite ou faringite... e isso significava que em vez de ir participar no desfile da escola, ganhava uma ida ao consultório do Dr. Espinha, que era um senhor muito simpático e que me fazia sempre rir e animar, no meio do meu drama de menina que-não-vai-mascarar-se-como-todos-os-outros-meninos-fazem!
Até aos meus oito anos acabei por desenvolver um odiozinho ao Carnaval... e já nem me entusiasmava com a possibilidade de me vestir de bailarina, ou dama antiga ou enfermeira, que eram as máscaras normalmente envergadas por meninas nestas épocas.
Nunca soube que isso era, até ser adolescente! Por isso, tenho uma perspectiva um tanto ambígua em relação a esta festividade. E quando comecei a participar, gostava mais dos momentos da construção da máscara e na ansiedade dos comentários que geraria nos outros. Já estar em sardinha em lata nas sociedades recreativas não me agradava assim tanto...
Mas se não me mascarasse, também não ficava aborrecida por isso...
Agora que o meu filho já pode participar no Carnaval, juntamente com os seus coleguinhas de palmo e meio da escola, qual não foi o meu espanto, quando ele, dias antes do desfile e já com a fatiota construída, adoece...?!
Será isto um legado meu ao pequenote?!
Espero bem que não!!
1 comentário:
Não acredites nisso...
Vais ver que para o ano nada disso acontece e ele vai jogar ao Carnaval como os outros miúdos!
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