Sou uma mulher que tem muitos pares de brincos, muitos mesmo!
Todos eles parecem ter uma determinada história, sobre onde os comprei, ou quem mos ofereceu, com quem estava quando os vi ou acompanham uma determinada fase de minha vida...
Por exemplo, o par que eu mais adoro foram os primeiros brincos que comprei com a primeira mesada que a minha mãe me deu, tinha eu 11 anos; encontrei-os numa banca dum mercado mensal da terra e são pretos: um sol e uma lua. Foram feitos à mão e comprei-os não só porque os achei originais mas porque dizem muito de mim... sou de extremos, ora sou a lua ora sou o sol!
Tenho-os de todos os formatos, feitios, tamanhos, pequenos, grandes, compridos, largos, pendurados, com bolas, com berloques, enfim...
E quando os compro ou mos oferecem eles trazem sempre travões!
Ora eu que adoro todos os meus brincos, todos sem excepção, apesar de gostar deles de formas diferentes, acabam invariavelmente sem os travões, sem um ou sem os dois... e isso faz-me ficar assaz (ai que eu gosto tanto desta palavra...) aborrecida... parece que os meus brincos sem os travões não mais são os mesmos, a meu ver, por terem ficado sem o travão perdem o brilho que tinham... mas porque receio perdê-los por não estarem devidamente travados.
Tenho alguns pares que tive tristemente que guardar na minha caixa de música (oriunda da Índia, trazida como prenda para a minha mãe por um ex-namorado que combateu na guerra em Goa) porque se os uso sem travão perco-os!
E o que mais me dói na alma é que quando há 2 anos estive em Barcelona, de férias com uma colega de faculdade, encontrei uma bodega que os vendia, aos magotes e eu, burra (estúpida, parva, "atleimada") não comprei logo uns 10 kgs deles (sim, vendiam os travões ao quilo...) para poder renovar o brilho aos meus pares de brincos "cast-away" dentro da caixa de música que veio da Índia...
O melhor será regressar a Barcelona só para ir à procura da bodega???!!!
1 comentário:
Aposto que a S. lá vai contigo outra vez, com muito gosto! :P
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