Foi assim que ficou o meu na passada sexta-feira...
Mirrou em apenas 2 segundos e ficou cheio de medo e angústia pura durante muito tempo...
Ao chegar a casa, trazia o meu pequeno filho ao colo e não me apercebi que a grelha da sarjeta tinha um desnível de 3 cm em relação ao asfalto! Pus o pé em falso e torci-o bruscamente!... Foi o suficiente para afectar o meu centro de equilíbrio e me atirar ao chão, enquanto eu carregava o meu pequeno ser nos braços!
Aqueles segundos que se deram entre o torcer o pé, sentir a dor lancinante nos joelhos ainda me lançaram a dúvida: ponho as mãos no chão ou não ponho?? Protejo o meu filhote ou acedo ao instinto básico de me apoiar com as mãos para não partir o nariz... e foi o que tive que fazer no limite da queda, para evitar que o meu filho além da queda ainda ficasse esmagado debaixo do meu peso (e não é ainda por cima o ideal..)
Naquele preciso instante desejei ter 4, 6, 8 ou 10 braços para poder segurar o meu filho contra o meu peito e poder protegê-lo de bater com a cabeça e as costas na calçada, como bateu...!
Assim que consegui agarrei-o, abracei-o, ignorando as dores que sentia no tornozelo torcido, em ambos os joelhos esfoladas e em ambas as palmas da mão esfolada, pela aspereza do asfalto novo...
Não me preocupava o meu estado, mas sim o meu filho, só queria ficar descansada e saber, ter a certeza que aquele choro dele não passara apenas do susto da queda e que não se devia a nenhuma dor...
Os momentos que se passaram em seguida foram de preocupação e angústia na sua forma mais pura e profunda: o meu filhote quando cessou o choro, começou rapidamente a ficar sonolento, os olhinhos mortiços e a angústia redobrou-se em mim, que fiz tudo por tudo para não o deixar dormir, perder a consciência...
O meu coração só sossegou mais depois de uma ida à urgência pediátrica, radiografias e a informação médica de que nada indicava qualquer tipo de lesão... mas deixou-me ainda de prevenção para possíveis alterações dos padrões normais do meu tesouro maior, para lá regressar!
Isso não sucedeu, e o meu coração descomprimiu... mas aquela preocupação que me acompanhou o fim de semana não desapareceu... porque o risco de eu própria não ser capaz de o proteger a 100%, a 500% ou a 1000% é uma realidade com a qual vou ter que conviver...
Mas o que importa é que ele está bem, e serviu para relativizar algumas coisas... até fiquei com mais paciência para lidar com as birras que ele faz quando nós o contrariamos! :)
4 comentários:
Ó amiga! Nunca mais somos as mesmas, não é!? Nunca me aconteceu, mas sei que um dia terei de lidar com essa sensação, por um motivo ou outro... raios! Devia ser proibido por lei adoecerem, cairem ou magoarem-se antes dos 30...
Beijoca de melhoras para os 2!
Sim, a perspectiva altera-se completamente. Há receios que nunca tivémos por nós, mas que começamos a ter por eles...
E afinal só mesmo mais o susto!... Estamos os dois bem!
Isso acontece Nána,o importante é que esteja tudo bem. E tu?estás bem? E o teu pé?
JS, sim ficou tudo bem! Eu com a aflição até me esqueci que esfolei os joelhos e o pé ficou porreiro dois dias depois...
Bjs
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