Hoje regressei no tempo, ao tempo de quando era pequena. Ao tempo em que não sabia o que era stressar por causa disto ou daquilo...
Regressei a um tempo onde vivia feliz, placidamente andava pelo meio da erva azeda, encantada com as marcas que as minhas pegadas deixavam.
Regressei ao tempo em que acompanhava o meu avô para toda a parte e ficava curiosa e abismada com a sua sabedoria "sábia" de quem já viveu muito e tem as rugas faciais e os calos nas mãos a atestar isso mesmo.
Hoje regressei a um tempo em que apesar de se viver no campo, havia rebuliço, haviam pessoas em comunhão, em união, em mútua-ajuda.
Hoje tristemente recordei-os a todos, porque todos já desapareceram... hoje regressei sozinha a um tempo pleno de gente, de pessoas que preenchiam a minha infância pacata.
Hoje recordei-os porque sou adulta e fiquei cá para vê-los a todos partir.
E deu-me uma tristeza porque não sei cuidar das casas e das terras com o mesmo carinho e com a mesma placidez com que os via a fazê-lo...
E deu-me a nostalgia própria de quem sabe que aquele tempo findou e que a sua marca se vai esbatendo com o passar lento dos dias, dos meses e dos anos.
E resta-me prometer-lhes que tudo farei para nunca os esquecer e manter vivos os seus costumes e as suas rotinas quotidianas.
E perpetuá-los a todos no meu coração, transmitindo cenas avulsas desses tempos e dessas pessoas ao meu filho, para que ele saiba que existiu um tempo em nem todos tinham carro mas sim bicicletas a pedal ou motoretas, nem todas as casas tinham electricidade ou água canalizada, que não haviam aquecimentos centrais mas que se ia apanhar lenha para se pôr no fogo de lenha ou na salamandra; e que os legumes se apanhavam na horta e não no hipermercado, que os ovos eram tirados dos ninhos das galinhas e não vinham empacotados, e que se pastavam as vacas no campo e os chouriços eram feitos à mão depois de se matar o porquinho. E que podia chover um mês seguido sem ninguém entrar em depressão!
Para que ele saiba que as pessoas eram tão mais felizes e satisfeitas com as suas vidas, que sabiam viver em comunidade e que todos davam a mão uns aos outros sempre que alguém precisava de ajuda.
Porque eu preciso ter fé no futuro e acreditar que os tempos felizes continuarão, talvez sob outra forma, mas que continuarão!
Regressei a um tempo onde vivia feliz, placidamente andava pelo meio da erva azeda, encantada com as marcas que as minhas pegadas deixavam.
Regressei ao tempo em que acompanhava o meu avô para toda a parte e ficava curiosa e abismada com a sua sabedoria "sábia" de quem já viveu muito e tem as rugas faciais e os calos nas mãos a atestar isso mesmo.
Hoje regressei a um tempo em que apesar de se viver no campo, havia rebuliço, haviam pessoas em comunhão, em união, em mútua-ajuda.
Hoje tristemente recordei-os a todos, porque todos já desapareceram... hoje regressei sozinha a um tempo pleno de gente, de pessoas que preenchiam a minha infância pacata.
Hoje recordei-os porque sou adulta e fiquei cá para vê-los a todos partir.
E deu-me uma tristeza porque não sei cuidar das casas e das terras com o mesmo carinho e com a mesma placidez com que os via a fazê-lo...
E deu-me a nostalgia própria de quem sabe que aquele tempo findou e que a sua marca se vai esbatendo com o passar lento dos dias, dos meses e dos anos.
E resta-me prometer-lhes que tudo farei para nunca os esquecer e manter vivos os seus costumes e as suas rotinas quotidianas.
E perpetuá-los a todos no meu coração, transmitindo cenas avulsas desses tempos e dessas pessoas ao meu filho, para que ele saiba que existiu um tempo em nem todos tinham carro mas sim bicicletas a pedal ou motoretas, nem todas as casas tinham electricidade ou água canalizada, que não haviam aquecimentos centrais mas que se ia apanhar lenha para se pôr no fogo de lenha ou na salamandra; e que os legumes se apanhavam na horta e não no hipermercado, que os ovos eram tirados dos ninhos das galinhas e não vinham empacotados, e que se pastavam as vacas no campo e os chouriços eram feitos à mão depois de se matar o porquinho. E que podia chover um mês seguido sem ninguém entrar em depressão!
Para que ele saiba que as pessoas eram tão mais felizes e satisfeitas com as suas vidas, que sabiam viver em comunidade e que todos davam a mão uns aos outros sempre que alguém precisava de ajuda.
Porque eu preciso ter fé no futuro e acreditar que os tempos felizes continuarão, talvez sob outra forma, mas que continuarão!
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